sexta-feira, 30 de setembro de 2011

POWER TUBE - NOVA TECNOLOGIA PARA GERAÇÃO ELÉTRICA

POWER TUBE

Uma nova tecnologia não-poluente para a geração de energia elétrica está em vias de ser introduzida no mercado. Trata-se de uma variante de um processo já bastante conhecido, o de utilizar o calor da  Terra para produzir eletricidade.

Ao contrário dos sistemas usuais, os chamados geotérmicos, o Power Tube não utiliza água ou vapor d’água para gerar eletricidade.  Além diso, não consome combustíveis fósseis, não produz rejeitos tóxicos, não polui a atmosfera e não afeta a paisagem local. Esta nova tecnologia é denominada geomagmática.

O Power Tube Argus, como é chamada a versão comercial do equipamento,  não necessita altas temperaturas e pressões de vapor d’água para gerar eletricidade, funcionando numa temperatura média da ordem de 104oC.  Está programada a produção industrial de  unidades geradoras Argus com potências de 1,  5  e 10 MWe.

Um Power Tube Argus de 10 MWe, comparado com uma usina térmica a carvão de igual  potência, trabalhando durante um ano (24 horas por dia, 365 dias por ano),  evita a emissão dos seguintes poluentes:  74.000 t de CO2, 200 t de SO2, 10 t de particulados, 200 t de NOx, 14 t de CO,  440 t de hidrocarbonetos, 3,4 t de mercúrio, 4,5 t de arsênico, 2,5 t de chumbo, não contamina o aqüífero e não causa chuva ácida.

Alem de eletricidade gera créditos de carbono.

Um Power Tube Argus de 10 MWe consiste num tubo de aproximadamente 60 metros de comprimento e 1,20 metros de diâmetro, enterrado verticalmente no solo.  È formado, de baixo para cima de uma caldeira (trocador de calor com a Terra), um conjunto turbina-gerador (monocoque), um sistema de sucção/expulsão, um condensador primário, um super condensador acústico e uma bomba de recirculação.  Na superfície encontra-se o terminal do tubo, com as conexões para as entradas de ar comprimido (para a partida), da mistura de gás propelente (isobutano/ isopentano), os terminais dos múltiplos sensores e comandos e os terminais de saída do sistema gerador (voltagem em CC), tudo localizado dentro de uma instalação de 10 x 10 x 3 metros. Aí também se encontra o PLC – Controle de Programação Lógica, que controla todo o sistema (sensores e comandos) e se comunica com a estação de controle via satélite utilizando o programa SCADA.

Originalmente o Power Tube foi projetado para funcionamento nas diversas áreas do Circulo de Fogo, com alto vulcanismo e com as temperaturas desejadas  a baixa profundidade. Mais tarde, para ampliar sua área de aplicação, foi desenvolvido o dispositivo Thermal Riser, consistindo de dois tubos concêntricos, onde circula óleo sintético (degradável, não poluidor), condutor de calor, adaptado à caldeira, captando o calor necessário a profundidades (atualmente comprovadas) de até 2000 metros.

Depois de testado em dois protótipos implantados no solo, o Argus 1, protótipo comercial,  está sendo montado em um silo (anteriormente utilizado para o lançamento de mísseis balísticos) no Estado de  Oklahoma, USA, para acesso imediato a todos os componentes do sistema, para  fins de certificação, programada para fins de 2011,  pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos.  Uma fábrica está sendo re-adaptada e o pessoal treinado, perto de Houston, Texas, para a produção anual de 3000 tubos de 1, 5 e 10 MWe.
Para a comercialização mundial, a Power Tube Internacional, detentora de todas as patentes envolvidas,  está implantando “joint ventures” em  20 centros regionais, onde serão instaladas fábricas de montagem e de serviço de manutenção dos equipamentos daquela região. Na nossa região está sendo implantada a Power Tube Mercosur, com séde em Santiago, Chile, país onde serão instalados os primeiros equipamentos da região.

Já existe uma substancial carteira de pedidos de Power Tubes, em memorandos de intenção, cobrindo bases militares nos Estados Unidos, instalações mineiras e ferroviárias no Chile, cadeias de hotéis no Caribe, grandes hospitais, entre outros.

O início de produção está previsto para 2012.

O equipamento é cedido em “leasing perpétuo”, com garantia de 5 anos, ao fim dos quais os quatro elementos superiores do tubo são retirados pela Power Tube local  e substituídos por quatro novos “upgraded” com as inovações obtidas no período.

O cliente, além do pagamento do preço do “leasing”,  da ordem de MUS$ 7,5 – 8,0 para um equipamento de 10MWe pagará, ainda, a título de “royalty”,  US$ 0,02 por kWh utilizado.  O custo de investimento da ordem de US$ 800 / kW (mais os custos de instalação) fazem desta tecnologia a mais barata do mercado, competindo com vantagem sobre outras formas alternativas de geração.

Potenciais usos desta tecnologia, além da geração elétrica para consumo habitacional ou industrial,  foram considerados como, por exemplo, para a carga de baterias no transporte automotivo, para a geração de hidrogênio para células de energia e, ainda, numa forma alterada e  de menor tamanho, para o aproveitamento do calor residual em grandes usinas siderúrgicas, em usinas de cana de açúcar, em plataformas de produção de petróleo, entre outras, tornando-as independentes de geradores a combustíveis fósseis e permitindo, ainda, a venda da eletricidade não utilizad

Prof. Mauricio Grinberg

Vice Presidente

POWER TUBE Mercosur








Um comentário:

  1. Como sempre: esperando acontecer. E onde estão os que detem o poder de fazer acontecer?

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